O autismo, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, é um
Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) que tem influência genética e é
causado por defeitos em partes do cérebro, como o cerebelo, por exemplo.
Caracteriza-se por dificuldades
significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de
comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como
balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira
estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos
de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.
Para o autista, o relacionamento
com outras pessoas costuma não despertar interesse. O contato visual com o outro
é ausente ou pouco frequente e a fala, usada com dificuldade. Algumas frases
podem ser constantemente repetidas e a comunicação acaba se dando,
principalmente, por gestos. Por isso, evita-se o contato físico no
relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador.
Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas
crianças pode desencadear crises de agressividade.
Para minimizar essa dificuldade
de convívio social, vale criar situações de interação. Respeite o limite da
criança autista, seja claro nos enunciados, amplie o tempo para que ele realize
as atividades propostas e sempre comunique mudanças na rotina antecipadamente.
A paciência para lidar com essas crianças é fundamental, já que pelo menos 50%
dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual. Alguns, ao
contrário, apresentam alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas -
como ter muita facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito
específico sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as
'eficiências' do autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento.
FONTE: Revista Escola Abril
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